
Elizabeth Misciasci

O
Coração
que é machucado,


Fica doente chora baixinho.
Acredita na lisura da humanidade,
Pensa que sabe de tudo,
mas nada conhece...
Se inconforma e
Em preces roga clemência,
ajoelhando-se ao chão
Busca seus erros,
busca respostas,
pede perdão.
O
Coração
já ferido,


só pede a Deus confirmação.
Acredita ser tudo um grande engano,
Que todos os seres são humanos,
feitos de ternura e emoção.
Com os olhos cheios d’agua,
De uma dor que não se acaba,
vai sentindo aos poucos que
É o mundo que desaba,
Pois quem se doa,
amando o que se deve amar,
diante de um pedido de dor e que ecoa...
Se abala!
Não consegue achar razão...
O
Coração
que é machucado


Sofre mesmo calado,
A sensação mais dorida
Que nunca pensou na vida.
Porque é mal que não se perdoa,
Descaso é corte profundo,
Ferida que não se cuida,
Sem remédio, nem desculpa...
O
Coração
machucado,


Pra se manter vivo ainda
E não ver todo seu sonho perdido,
Se nutre de pão repartido,
Aceita a solidão e vai seguindo...
E mesmo inconformado
Sem ilusão, perde o chão.
Olhando as indiferenças da vida
Vira para todos os lados,
Vê-se dentro de um vagão vazio
Num trem, viajando sozinho,
Sentindo o desalinho da emoção, e
Que esta ida é desatino.
Estando triste o
Coração


Apenas num vagão vazio
Entre os trilhos do destino.
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